Há muito tempo existe a tentativa de relacionar o advogado criminalista com o próprio crime ou com o criminoso, o que de fato, é um atentado ao exercício da profissão. Essa defesa merece ser realizada já no início, sendo que o advogado criminalista não defende o crime, defende sim a exata aplicação da Lei, sendo que o Estado e grande parte da acusação e dos órgãos de investigação buscam apenas a condenação. Sim, grande parte, mas não sua totalidade.
Esse viés combativo do advogado criminalista, face ao Estado, o eleva por vezes ao patamar de inimigo do Estado, ou inimigo das Leis de forma injusta. A busca incessante por provas e pela exata aplicação da Lei, talvez seja a maior garantia da existência do Estado de Direito e da manutenção da ordem social.
Cumprindo seu papel de lutar pelo cumprimento da lei e do direito de cada cidadão em contar com ampla defesa, o advogado criminalista irá defender o acusado. Para isso, precisa estudar as leis, juntar as contraprovas, montar a argumentação e preparar o cliente para os depoimentos.
Além disso, o advogado criminalista faz os pedidos de liberdade, progressão de pena, e também entra com recursos caso seja necessária uma revisão da condenação dada ao réu.
Mas existe o outro lado da advocacia criminal, a chamada assistência a acusação. Momento em que a função do profissional é acompanhar o caso em seus detalhes, buscando a máxima proteção da vítima.
ROTINA
A rotina de trabalho do advogado criminalista é composta principalmente pela reunião de provas e contraprovas e da preparação de argumentos a favor de seu cliente, a fim de construir uma defesa justa e baseada na lei.
Contudo, sua atuação não se resume apenas na rotina de escritório. Comparece a fóruns e tribunais para audiências e protocola pedidos referentes ao caso, como progressão de pena, habeas corpus, liberdade provisória, revisão de caso, entre outros.
COMO SE TORNAR UM ADVOGADO CRIMINALISTA?
Para se tornar um advogado criminalista, o primeiro passo é concluir a graduação no curso de Direito, em uma instituição de ensino devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
A faculdade de Direito tem, em média, uma duração de cinco anos. Durante o curso, o aluno terá a oportunidade de conhecer diversas áreas de atuação da profissão, inclusive do Direito Penal e Criminal.
Entre as disciplinas do curso de Direito, o aluno verá os seguintes conteúdos relacionados ao Direito Penal:
Criminologia
Penas
Sistema Penitenciário
Crimes contra a Pessoa
Crimes contra o Patrimônio
Direito Penal Econômico
Direito Processual Penal
Inquérito Policial
Ação Penal
Prova
Sujeitos do Processo
Prisão e Liberdade Provisória
Além disso, caso queira seguir a carreira de advogado criminalista, é recomendado ao estudante realizar estágio com profissionais dessa área, como em escritórios de advocacia especializados no tema. Assim, o aluno adquire experiência profissional e conhecimento prático nessa especialidade.
Após conclusão do curso superior, é preciso realizar o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ao passar no exame, o profissional de Direito recebe autorização para atuar como advogado. Essa certificação é obrigatória no Brasil.
QUALIDADES INDISPENSÁVEIS DO ADVOGADO CRIMINALISTA
Além das exigências mencionadas acima, o advogado criminalista precisa possuir algumas características próprias. Confira as principais habilidades de um bom advogado criminalista:
Ética profissional
Foco no cliente
Boa comunicação
Oratória
Dinamismo
Amplo conhecimento sobre a Legislação
Postura combativa
Bom senso
ADVOCACIA CRIMINALISTA COMBATIVA DE EXCELÊNCIA 2022
Atualmente para o exercício da advocacia criminal é necessário além de conhecimento na área penal, o conhecimento nas áreas correlatas, ou seja, Direito Administrativo, Cível, Processual, Político, Digital, etc.
O dinamismo está entrelaçado com as demais áreas do direito e da tecnologia, levando o advogado obrigatoriamente obter experiência e parcerias em diversas áreas de conhecimento.
Especialmente pelo avanço da tecnologia, alguns casos ganham rápido destaque social e na imprensa, assim a postura ética e sóbria do corpo jurídico pode garantir resultados jurídicos e sociais, sendo que o julgamento da própria sociedade por vezes pode ser pior que do próprio Estado.
Honra ao cordão preto!